segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Samarco ... danos ambientais não reparáveis . O que não aconteceu até agora...

Autor: Myriam G. Leal
Diante de um crime ambiental de imensas proporções me espanta a falta de ações no intuito de pelo menos amenizar aos envolvidos os prejuízos com rompimento da barragem.
Infelizmente boa parte da população afetada não possui experiência em assuntos judiciais e ficam aguardando suporte para sua subsistência.
Em notícia recém veiculada a  Justiça de Minas Gerais deferiu pedido do Ministério Público que determina o bloqueio de 500 milhões de reais das mineradoras Samarco, Vale e BHP, por conta do desastre ambiental causado pelo mortal rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG), em novembro de 2015.
Segundo nota do Ministério Público desta segunda-feira, o bloqueio do valor visa assegurar a efetivação das medidas requeridas em Ação Civil Pública (ACP) e a integral recuperação do meio ambiente urbano do município de Barra Longa, atingido pela enxurrada de lama da barragem situada no município vizinho.
O Ministério Público Federal (MPF) obteve ontem (19) uma liminar na Justiça que proíbe por tempo indeterminado a pesca na foz do Rio Doce. A determinação começa a valer na segunda-feira (22) e tem como justificativa preservar a saúde da população que consome o pescado na região e a preservação das espécies impactadas pela mancha de lama que atingiu a costa. Pela decisão, a Samarco fica obrigada a divulgar a proibição da pesca em seu site e na imprensa, sob pena de multa de R$ 30 mil por dia em caso de descumprimento.
No que tange o risco para saúde da pesca em uma área contaminada de tamanha extensão é compreensível as recém medidas do Ministério Público Federal. Mas acredito que a razão desta medida envolva o risco de pescadores comercializarem pescado inapropriado ao consumo. Tal qual uma medida de caráter extremo, deveria se dar a mesma relevância  a situação real das pessoas que subsistem da pesca e estão agindo assim por falta de orientação ou desespero.
Pescadores acusaram a Samarco de não pagar os valores previstos no termo de ajustamento de conduta (TAC) fechado com o Ministério Público depois do rompimento da barragem . Até o momento alguns pescadores da região recebem um salário mínimo por conta da piracema.
A Samarco informa em todos veículos que está que  empenhada em reparar os impactos que a passagem da pluma de turbidez gerou nas comunidades ribeirinhas cuja subsistência dependia exclusivamente do Rio Doce.
O que me preocupa é se esta situação terá acompanhamento da mídia e solução para todos que foram prejudicados. Acredito que mais do que o prejuízo financeiro será as consequências ambientais para o eco sistema . Quanto tempo a natureza levará para reequilibrar seu sistema. Será que viveremos o suficiente  para vermos o Rio Doce com águas cristalinas?
Não vamos perder o foco neste assunto, acompanhe #riodoce
http://www.folhavitoria.com.br/geral/noticia/2016/02/justica-proibe-pesca-na-foz-do-rio-doce-por-conta-da-lama-da-samarco.html

Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/economia/justica-de-mg-determina-bloqueio-de-r500-mi-de-samarco-vale-bhp-18724899.html#ixzz40vQIRiEK

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